SÍNTESE REFLEXIVA DA TERCEIRA SITUAÇÃO PROBLEMA DO SEGUNDO MÓDULO
Essa
abertura seguiu o padrão da anterior, estávamos mais entrosados em geral e a
apreensão em relação ao módulo já havia se dissipado, não houve monopolização
do debate, e conseguimos conviver com as opiniões divergentes de maneira
respeitosa. Acredito que o grupo apresentou conhecimento prévio de alta
qualidade, tínhamos uma boa noção da anatomia do olho. Fizemos correlações
importantes quando relacionadas com o tipo de lente utilizada e a alteração
ocular que o indivíduo pode apresentar.
Durante
a abertura não temos o hábito de levantar a mão para o debate, reconheço que
esse fator dificulta a fala dos mais tímidos, porém, não consigo pensar em
maneiras de garantir a participação de todos, considerando que o calor do
debate dificulta o processo de levantarmos as mãos.
Em
particular não senti dificuldade em identificar as questões de aprendizagem,
bem como de realizar a formulação de hipóteses.
Durante
a abertura, nos surgiu a dúvida sobre como medir a luz e o quanto seria
necessário para que pudéssemos enxergar: a luz é medida de acordo com seu
comprimento de onda, e nós, seres humanos, somos sensíveis de 400 a 700nm.
Algumas
palavras da situação problema eram desconhecidas, dentre elas rubeose e
amaurose. A rubeose corresponde a neovascularização da íris, e não simplesmente
vermelhidão como consideramos nas hipóteses; já amaurose significa cegueira
total ou parcial, uni ou bilateral, progressiva ou súbita.
Dentre
as hipóteses estabelecidas consideramos que Dona Josefa, mesmo não tendo contribuído
para o INSS poderia receber algum benefício. Durante o debate no fechamento
trouxemos informações bastante divergentes. Aprofundamento melhor, foi possível
concluir que ela pode receber um benefício, uma vez que se enquadra na lei
orgânica de assistência social (LOAS), podendo receber beneficio de mesmo nome.
Consideramos
também sobre o glaucoma, afirmando que este seria causado pela hiperglicemia,
que levaria a uma hipertensão intraocular que poderia resultar em isquemia do
nervo óptico. Nos estudos, o grupo observou que esta doença está relacionada
com o aumento da pressão intraocular uma vez que há prejuízo na drenagem do
humor aquoso. Pode ser considero de ângulo aberto ou fechado, dependendo da
localização do comprometimento e pode ser também uma doença primária ou
secundária. A doença pode provocar escavação do nervo óptico. Confirmamos a
relação etiológica entre o glaucoma e a diabetes.
Em
uma das hipóteses consideramos que a catarata seria o crescimento de uma membrana
que provocaria a opacidade do cristalino, no entanto, a catarata corresponde
unicamente a mudança na lente do cristalino por alterações bioquímicas, não há
crescimento de membrana.
Quando
debatemos sobre a miopia, consideramos que nela haveria formação da imagem
antes da retina e que se usam lentes divergentes para corrigi-la o que foi
comprovado em nossos estudos; a hipermetropia é o oposto.
Quando
debatemos a anatomia do olho estávamos corretos em grande parte da discussão,
inclusive no desenho realizado em uma tentativa de ilustrar sua anatomia, bem
como a via.
Cabe
apenas ressaltar que a retina pode ser divida em temporal e nasal; e que os estímulos
da região nasal atingem a retina temporal (vice-versa).
Em
relação a via óptica acertamos quando consideramos que os fotorreceptores são denominados
cones e bastonetes, porém nos equivocamos ao dizer que a luz causaria despolarização,
quando causa hiperpolarização. As células fotorreceptoras realizam sinapse com as
células bipolares que se comunicam com as células ganglionares, cujos axônios formam
o nervo óptico.
Os
bastonetes, contém rodopsina, e são extremamente sensíveis (atuando na visão na
penumbra – 496nm), porém tem baixa acuidade visual, uma vez que se comunicam com
várias células bipolares que se comunicam com várias células ganglionares. Já os cones são responsáveis pela visão em
cores e contêm rodopsina, sendo cada um especifico para uma cor (verde, azul ou
vermelho), diz-se que eles são altamente sensíveis, uma vez que se comunicam apenas
com uma célula bipolar, que se comunica com uma célula ganglionar.
Os
nervos ópticos convergem no quiasma óptico, onde há uma decussação parcial das fibras,
ou seja, as fibras nasais cruzam para o outro lado e as fibras temporais seguem
para o mesmo lado. Do quisma se destacam dois tractos ópticos, contendo cada
uma as fibras temporais da retina ipsilateral e as fibras nasais da retina
contralateral, que se dirigem para os corpos geniculados laterais, de onde
partem as radiações ópticas que chegam até o córtex visual (área 17). Às fibras
correspondentes às partes superiores da retina ocupam posição mais alta e se
projetam no lábio superior do sulco calcarino; as fibras correspondentes às
partes inferiores da retina ocupam posição mais baixa e projetam-se no lábio
inferior do sulco calcarino; as fibras que levam impulsos da mácula ocupam
posição intermediária e se projetam na parte posterior do sulco calcarino.
Existe, assim, uma somatotopia perfeita em toda a via óptica, fato este de
grande importância clínica, pois permite localizar com bastante precisão certas
lesões da via óptica com base no estudo das alterações dos campos visuais.
Consideramos
que a campimetria (avaliação do campo visual) poderia ser comprometida ou
alterada devido a lesões no nervo ou algumas patologias. Em nossos estudos
observamos que essa correlação é extremamente importante para o diagnostico precoce
de algumas patologias.
No
fechamento fiquei satisfeita com a minha participação; acredito que o debate
fluiu de maneira mais homogênea, quase todos se manifestaram e tiveram espaço
para abordar e demonstrar seus estudos.
Cabe
um elogio ao relator, que desempenhou sua função de maneira maravilhosa,
conseguindo correlacionar seus estudos com o do grupo e descreve-los na lousa
de maneira rápida, clara e sucinta.
Ao
fim do dia recebemos a avaliação parcial, ou seja, o feedback do tutor quanto a
nossa evolução e participação até o momento, estava bastante apreensiva quanto
a este fator uma vez que não estava totalmente satisfeita com o meu desempenho.
Considero que a avaliação da tutora foi justa e bastante motivadora para meus
estudos.
O
dialogo promovido pela tutora na semana anterior foi fundamental para garantir
harmonia durante este fechamento, houve mais espaço para os mais tímidos se
manifestarem e não foi possível observar a monopolização do debate.
Busquei
realizar meus estudos em fontes confiáveis como livros de neuroanatomia, neurofisiologia,
fisiologia e fisiopatologia, no entanto, para garantir melhor sedimentação dos
meus conceitos busquei em alguns artigos, que me trouxeram uma visão mais
atualizada sobre algumas das patologias indicadas na situação problema.
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