SÍNTESE REFLEXIVA DO SEGUNDO MÓDULO
O módulo de Neurologia (Percepção,
Consciência e Emoção) teve um início conturbado, assim como no anterior, porém,
dessa vez atribui as complicações a uma ansiedade geral do grupo e apreensão em
relação à unidade, uma vez que sabíamos a complexidade dos assuntos estudados.
O objetivo desse módulo foi integrar
o conhecimento das estruturas responsáveis pela recepção, transmissão e
processamentos dos estímulos do meio, observando assim as reações físicas e
psíquicas frente a cada estimulo.
Acredito que nessa síntese caibam
reflexões rápidas sobre cada problema e nela não serão abordadas as vias
completas, uma vez que estas foram abordadas em cada uma das reflexões por
problema tornando esta reflexão repetitiva, dessa maneira, buscarei aqui
avaliar meu deslocamento de conhecimento frente ao módulo bem como o
desenvolvimento do grupo.
A retomada das hipóteses ao fim de
cada fechamento me ajudou muito a desenvolver um senso crítico, e, muitas
vezes, utilizei as hipóteses elaborados como guia para saber quais seriam os
tópicos mais importantes em meu estudo.
Confesso que me surpreendi em relação
a matéria, concluindo que a neurologia é sim uma área bastante complexa, porém
extremamente interessante e “curiosa”, saia de cada abertura com curiosidade
para aprender sobre aquele tópico, poucos módulos me motivaram assim,
fisiologia e imunologia.
Acredito que a minha motivação
esteja relacionada com a complexidade, sempre tive paixão por “desvendar”
mistérios e tive esse sentimento com a neurologia.
Na primeira situação problema
discutimos alguns conceitos básicos como a definição de um neurônio, suas
partes e o conceito de sinapse, bem com a estrutura geral de uma via e
definições de gânglios e nervos. Esses
conceitos foram utilizados em todas as situações problemas subsequentes, se
mostrando fundamentais para a compressão de cada caso.
Na segunda situação problema
convivemos com a via auditiva e do equilíbrio e realizamos correlações com a
aula de Habilidades Médicas, uma vez que pudemos compreender melhor a origem a
semiologia médica em relação as vias.
A terceira situação problema, foi,
para mim, a mais interessante, sempre me senti extremamente curiosa sobre a
visão e como nosso cérebro seria capaz de interpretar tantas imagens. Me chamou
a atenção o fato de o daltonismo ser uma alteração nos receptores, acreditava
que a alteração seria em nível cortical. Novamente observamos nessa situação a
importância de controlarmos doenças sistêmicas como a HAS e a diabetes, que tem
enorme capacidade de causar alterações na via da visão, que é tão importante no
nosso dia a dia, podendo levar até a amaurose. Os campos visuais me fascinaram,
e mais uma vez sedimentei o meu conceito que, muitas vezes médicos podem
realizar diagnósticos apenas através do exame físico, não necessitando em todos
os casos de exames complementares, o que é fundamental para reduzirmos os
custos em saúde.
Na quarta situação problema,
observei novamente que podemos indicar o tipo de lesão mesmo sem termos
realizado ainda exames complementares de imagem, conseguimos justificar que no
caso apresentado haveria uma lesão parcial de medula, o que causaria a perda de
sensibilidade para alguns estímulos de um lado, ou de outro, devido ao
cruzamento das fibras ao nível da medula.
Acredito que este foi módulo em que
mais estudei anatomia, devido a intima correlação com a neurologia. Busquei estudar
o trajeto dos principais nervos, bem como cada sulco craniano e as áreas do
encéfalo, o livro de Neuroanatomia (Angelo Machado) foi muito utilizado nestes
casos.
Foi um módulo extremamente produtivo
no qual experimentamos uma maneira diferente de tutoria, com um tutor mais
participativo que nos auxiliava e guiava no debate, sempre mantendo a lógica da
metodologia ativa, buscando nos estimular a raciocinar e chegar a algumas
conclusões, e nos ajudando a manter um clima leve e descontraído nas sessões.
Pessoalmente, sinto que amadureci
muito nesse módulo em conjunto com o grupo e aprendemos a lidar com as nossas
diferenças; apesar de ter percebido que minhas participações decaíram um pouco,
quando comparadas aos módulos ou semestres anteriores, me sinto satisfeita com
a minha participação geral.
Em suma, este módulo acrescentou
informações bastante relevantes em minha formação médica e que podem ser
aplicados no meu dia a dia na faculdade. No IESC por exemplo, alguns desses
conhecimentos já foram aplicados bem como nas aulas de habilidades médicas, o
que me fez me sentir bem a vontade com a matéria apesar da “fama” de difícil.
Os TBL´s desse módulo foram
extremamente importantes na consolidação do conhecimento e correlacionados com
a matéria estudada, o que não ocorria desde de a primeira etapa.
O laboratório de morfofuncional,
assim como no semestre anterior continuou com os roteiros desconexos e o
conteúdo abordado em aula não consta na maior parte dos roteiros.
As práticas funcionais acabaram sendo
mais desconexas do que no semestre anterior, com atividades extremamente
simples. Os roteiros também não estavam claros sobre quais os objetivos da
atividade.
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