SÍNTESE REFLEXIVA DA SEGUNDA SITUAÇÃO PROBLEMA DO TERCEIRO MÓDULO


Quando comparada a abertura anterior, essa foi muito mais organizada, já havíamos nos habituado ao módulo e ao tutor. Porém, o nosso grupo ainda se encontra em processo de evolução. 
Philip Patrik Dmitruk uma vez disse que “O verdadeiro sentido da vida, não é chegar primeiro, mas chegar todos juntos ao mesmo destino”; acredito que isso ilustra bastante o objetivo da tutoria que é a construção, por todos, dos objetivos a serem estudados, bem como do conhecimento. Infelizmente, no nosso grupo ainda não há esse senso de que todos devem chegar no mesmo objetivo cada um com a sua colocação e seu ponto de vista: ainda há interrupções e polarização intensa do debate o que prejudica a construção do aprendizado em grupo.
Em suma, acredito que falta o conceito de grupo, onde o que importa é o crescimento de todos de maneira igualitária e não o individual exclusivamente. Para mim este conceito pode ser ilustrado por uma alcateia, que, ao se deslocar segue sempre uma ordem na qual os mais velhos ou doentes (debilitados) ficam na frente, seguidos pelos mais fortes que defenderão o grupo, logo em seguida seguem os demais membros, seguidos pelos mais fortes e, por último, segue o líder; ou seja, a alcateia segue o ritmo dos anciões, sob o comando do líder, que impõe a organização e não deixa ninguém para trás, garantindo que todos cheguem ao destino.
Em meus estudos não senti dificuldade em encontrar fontes confiáveis sobre os assuntos a serem estudados, bem como não senti dificuldade em compreende-los.
Como imaginamos na abertura o sistema cardiovascular também sofre alterações com o envelhecimento. No coração há diminuição no número de miócitos, bem como aumento da quantidade de colágeno e diminuição de estímulos devido a degeneração do feixe de Hiss, o que predispõe ao aparecimento de arritmias. Os vasos sofrem processo de calcificação e podem sofrer lesões que resultam na aterosclerose. As valvas cardíacas sofrem degeneração, espessamento e calcificação, o que pode dificultar o bombeamento eficaz do sangue para as regiões periféricas.
Com a senescência a incidência de HAS aumenta e podem surgir outras patologias, justificando o fato de as doenças cardiovasculares serem a primeira causa de morte atualmente.
Ao se aferir a pressão arterial deve-se estar atento a duas situações: a primeira, denominada Hiato auscultatório ocorre quando, após a ausculta do 1º som de Korotkoff há desaparecimento total dos ruídos que podem reaparecer apenas próximos aos 40mmHg, podendo levar a uma subestimação da pressão sistólica ou superestimação da diastólica, para evita-lo deve-se considerar o valor da pressão sistólica observado quando é possível palpar o pulso radial após desinflação do manguito. O segundo fenômeno pode ser chamado de pseudo-hipertensão e pode surgir em idosos com arteriosclerose e calcificação, de modo que o enrijecimento dos vasos seja tão grande que a insuflação do manguito é insuficiente para calabar a artéria braquial. Para identificação deste fato, utiliza-se a manobra descrita por Osler. Ela consiste em inflar o manguito do aparelho até níveis acima da pressão sistólica (PAS) e, concomitantemente, palpar a artéria radial. Persistência da palpabilidade sugere rigidez da artéria e indica que o índice obtido pela ausculta não expressaria a verdadeira pressão arterial sistólica, obtida por medida intraarterial.
É importante notar que o padrão de avaliação de HAS para idosos é diferente, sendo considerada apenas em valores acima de 150mmHg na PA sistólica e/ou diastólica acima de 90. A PA deve ser aferida com o paciente sentado, deitado e em pé, para que seja descartada a hipótese de hipotensão ortostática.
Como havíamos comentado na abertura a placa aterosclerótica é resultante em uma lesão na camada íntima do vaso, tendo como fatores de risco dislipidemia, HAS, diabetes, tabagismo e genética. A lesão nos vasos e o depósito de gordura consequente resultam em uma inflamação nas paredes que pode levar até a interrupção do fluxo sanguíneo.
Para evitar complicações cardiovasculares recomendam-se exercícios físicos que aumentam a capacidade aeróbia máxima, aumentando o volume sistólico máximo, o débito cardíaco e a massa ventricular, diminuindo a frequência cardíaca em geral e a pressão arterial.  Perifericamente, provoca aumento da densidade capilar nas fibras musculares e eleva a atividade de enzimas oxidativas, aumentando a diferença arteriovenosa de oxigênio.
A diminuição da FC aumenta o tempo de diástole, permitindo maior perfusão coronariana e diminuição do consumo de O2 pelo miocárdio para uma mesma carga.
Os exercícios diminuem o peso, a PA, a concentração plasmática de triglicérides, LDL e VDL, bem como aumentam o HDL.
Os exercícios físicos também são recomendados na reabilitação de doenças cardiovasculares.  
No fechamento fiquei relativamente satisfeita com a minha participação, acredito que consegui expressar minhas ideias sem confundi-las e de maneira clara. Ainda me incomoda o fato de as participações não serem homogênea, e acredito que esse fator deve ser trabalhado por todo o grupo. Tenho buscado dar prioridade de fala para aqueles que se expressão com menor frequência ou tem maior dificuldade, acredito que uma maneira de garantir essas participações seria permitir que eles iniciassem a discussão de cada objetivo.
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